sábado, 27 de julho de 2013

Nunca desistam!

A maioria das pessoas desanimam quando encontram barreiras pelo caminho. Poucas são capazes de prosseguir com um sorriso no rosto independente da situação e dançam conforme a música.
A verdade é que a pesquisa da árvore familiar é um trabalho extenso que envolve todas as pessoas da família e até mesmo alguns vizinhos e amigos, e justamente por envolver tantas pessoas diferentes, é preciso muita paciência e persistência.

Em minhas pesquisas, tive a oportunidade de sentir a mão do Pai Celestial me guiando para conseguir as informações que precisava. Contarei aqui algumas delas para ilustrar o quanto é importante prosseguir mesmo que tudo pareça perdido.

Em Agosto de 2012, alguns meses após o falecimento de minha avó, mãe do meu pai, decidimos voltar a pesquisar o lado paterno dele - minha avó não gostava de falar sobre meu avô, disse apenas seu apelido Chico Peba e o bairro onde ele morava. Então, conversando com minha madrinha, que era sobrinha de minha avó, ela falou o endereço dele, e meu pai também sabia onde era, aproximadamente.

Fomos, meu marido e eu, em busca do endereço. Chegamos na Rua Patriolino Aguiar e descobrimos por uma vizinha, que meu avô já havia falecido há vários anos mas que uma de suas filhas ainda morava na casa dele, bem próximo dali.

Ela tinha um salão de beleza, mas estava fechado. Chamamos, mas ninguém atendeu. Daí, conversamos com outro vizinho que disse que ela e a colega de quarto haviam saído.

Anotei o número da casa e retornamos pra casa. Um pouco triste mas de certa forma, aliviada.  Estava sentindo algo estranho mas deixei pra lá.

Quando cheguei em casa, usei a internet para conseguir o telefone dela. Ela se chama Célia.  Com o telefone em mãos liguei para ela. Fiquei meio sem saber o que dizer, daí conversando com ela, perguntei sobre o pai dela e disse que estava procurando informações. Qual foi minha surpresa, ao ouvi-la dizer que não conhecia essas pessoas e que ninguém dessa família morava lá. Disse então, que havia estado lá e que sabia que ela morava no local e que havia saído, que tinha o salão e tal. Ela ficou muito nervosa e desligou sem me dizer nada do que eu precisava.

Foi aí, que percebi que foi uma bênção não encontrá-la pessoalmente, pois não saberia como seria a reação dela. Vai que ela corre atrás de mim com um cabo de vassoura ou sei lá! hahahahaha

Então, decidi ligar para um investigador particular para obter as informações pra mim, mas quando ele falou que custaria R$ 1.500,00 resolvi buscar eu mesma. (absurdo - mas tudo bem)

Então, coloquei a investigadora dentro de mim para trabalhar. Temos uma ferramenta incrivelmente importante em  nossos dias: a INTERNET. Ela não foi criada só pra usar facebook ou jogar a fazendinha feliz.  Estudando a história do bairro onde ele morou, descobri que ele se chamava Antenor Medeiros e que era artesão. Encontrei um mestre da fotopintura chamado Júlio que trabalhou com ele e escrevi um e-mail pro mestre Júlio.

Amigos, qual foi minha surpresa ao ser respondida no dia seguinte, com algumas informações básicas, de muita utilidade. Daí, trocamos alguns e-mails e ele me falou que o Chico Peba, se casou na igreja matriz do bairro e que eu poderia conseguir mais dados através da igreja.

Então, foi o que fiz. Só que, ao invés de ir pessoalmente à igreja, entrei no site FamilySearch e pesquisei os registros online. Vocês podem até não acreditar, mas, ao escolher uma página aleatoriamente, cheguei justamente na página onde continha o registro de casamento dele, com todas as informações que precisava.
E como ele sempre foi residente daquela área, pude encontrar o registro de seu batismo, com sua data de nascimento e nome de seus pais.

Tenho certeza, que o Pai Celestial me ajudou a encontrar a casa em que ele morou, a sua filha desconfiada e principalmente, o mestre Júlio Santos, ao qual serei eternamente grata por sua colaboração. Não terei como recompensá-lo materialmente, mas minhas orações sempre pedirão bênçãos para sua vida.

Durante a minha pesquisa, descobri o motivo pelo qual a Célia, filha do meu avô me tratou tão mal. Os filhos dele tem uma ação de Usucapião na justiça e talvez, ela pensasse que eu estava em busca de alguma herança ou coisa do tipo. Mal sabe ela que a minha recompensa vale muito mais do que dinheiro ou posses.

Enfim, espero que tenham gostado desse relato e que isso possa incentivá-los a persistir na sua busca. Acreditem que seus caminhos serão abertos pelo Senhor e certamente isso acontecerá.

Muitos abraços e até a próxima.